Central Park

Maddest of them all

Uriel sorriu quando seu elfo lhe anunciou a chegada do seu “velho amigo”. Perguntou-lhe, com muita gentileza, se ela queria que ele se livrasse do corpo que estava estendido na sala de estar. A mulher loira, por sua vez, negou num tom calmo.

— Marrick está mais do que acostumado com… Como posso dizer? — Questionou-se, com um sorriso em seus lábios. — Com os meus tratamentos de beleza.

O elfo concordou, oferecendo um lenço para a mulher. Uriel limpou o sangue que estava em seu rosto e mãos e soltou um suspiro cansado. Pegou na taça que estava na mesa, ao lado da grande poltrona na qual estava sentada e bebericou um pouco do sangue que lá constava.

— Mande-o subir, meu doce Diamond, mande-o subir. — Ordenou Uriel. Quem a ouvisse, até imaginaria que era gentil para seus elfos.

Mas eles não passavam de escravos para uma alma sem empatia como a de Uriel Blackfyre. Idiotas eram aqueles que caiam na rede de mentiras da mulher, que caiam na beleza da grande empresária do mundo bruxo. Todos pensavam que a Uriel que constava nas revistas, a gentil, doce e sempre preocupada com as minorias era a verdadeira. Poucos sabiam que ela mentia.

Aquela mulher, vestida com um exuberante vestido dourado, segurando uma taça onde constava o sangue daquele cadáver desfigurado, que outrora fora uma bela prima sua, era a verdadeira. A maníaca que desejava destruir todos os Ministérios do mundo Mágico e uni-los num único reino, um reino que se sobressaltaria aos trouxas e os fariam seus escravos. Os bruxos são superiores.

Bateu palmas e as cortinas se abriram, revelando a bela vista que aquele apartamento de luxo de Uriel. Mesmo que os restos mortais de uma falsa Suré fosse algo maravilhoso de se ver, Uriel pagava muito por aquela casa, deveria mostrar o seu potencial quando tinha convidados.

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Visitar Uriel era o que eu mesmo me perguntava além dela salvar a vida meu filho e isso eu seria grato, mas será que o meu verdadeiro eu era maligno como o da moça ou apenas ter medo dela retirar a vida de meu filho novamente como se ele fosse apenas um fantoche para a mesma era o que me preocupava.

O apartamento parecia muito bonito de vista e eu estava prestes a entrar quando um Elfo havia me pedido para esperar e com um olhar calmo me sustentando na bengala disseram que não haveria problemas em esperar, até que alguns minutos depois o elfo diz que eu poderia entrar e com um pouco de dificuldade assim o fazia indo até o apartamento de Uriel sem nenhuma expressão e assim que a vi apenas observo.

-Uriel. - Dizia em um ar seco ao ver o corpo ali morto e logo em seguida me aproximava da mesma ainda apenas a olhando como se nada tivesse acontecido com o corpo. -Porque não se livrou do corpo sabe como é Ministério. - Dizia dando um conselho a ela que talvez ela não seguiria e eu não me importava muito e sendo assim apenas continuava ali olhando desta vez para a vista em minha frente.

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Os olhos gélidos alternaram entre o cadáver e o homem que se apoiava sobre uma bengala. O estado débil de Marrick dava alegria para a bruxa, que se divertia com a saúde do homem. Decidiu não azarar a bengala depois de muito pensar. Fez um estalo com a língua, mostrando o quão irritada as palavras de Lannister a deixavam.

— Se preocupando comigo agora, Mari? — Ironizou, abusando do apelido “carinhoso” que colocara no mais velho. Com o salto de seu sapato, cutucou a cabeça do cadáver. — Um ótimo tapete, não acha?

Riu de sua própria piada, mas sabia que seria a única a fazê-lo e logo calou-se. Bebericou um pouco mais do sangue, olhando fixamente para Marrick e para cada ação que ele fazia. Quando acabou, bateu palmas, invocando seu elfo fiel.

— Tire isso da minha sala, sua desgraça feia. — Ordenou, era possível apenas notar alegria em sua voz.

O elfo assentiu e logo aparatou com o corpo para longe dali; veio depois para tirar as nódoas de sangue do carpete branco e depois sumiu, deixando os dois adultos sozinhos na sala. Uriel apontou uma cadeira para Marrick e esperou que ele sentasse.

— Como vai o nosso doce Benny? — Novamente, se referia às pessoas com apelidos. Ela queria que Marrick soubesse que falava de seu filho e, de alguma forma, lembrar-lhe que a vida dele lhe pertencia. Por isso uma pequena chama azul apareceu em sua mão: a prova que a vida daquela criança estava na mão dela e só dela. — Presumo que esteja bem, não recebi nenhuma notificação de uma doença mais importante.

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Ela parecia não ligar muito pelo meu estado e mesmo assim tinha medo devido a contraria-la e assim que a mesma riu de minhas palavras continuei apenas observando a paisagem a minha frente.

Em um certo momento ela chama o seu elfo e eu pude perceber que ela parecia tratar com um certo despreço as criaturas que nos serviam e então observava o mesmo tirar o corpo até que ela fala de Benjamin e me mostra a sua vida, meu coração logo começa a bater mais e mais rápido com mede de dizer algo e magoá-la.

-Eu estou sendo amigável, ele está bem nenhuma doença! - Dizia calmamente continuando a observar a paisagem a minha frente. -Será que eu poderia sentar? - Perguntava ainda com minha voz calma só que desta vez olhando para Uriel.

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A lentidão de Marrick sobre as coisas irritava Uriel. Contudo, o medo que se desenhara em sua face quando a pequena chama azul aparecera em suas mãos alegrara muito a jovem bruxa. Agradecia à Salazar por Marrick ter vindo ao seu chamado, era tão divertido brincar com ele.

— Não sei o que está fazendo de pé ainda, meu caro. — Resmungou, mostrando impaciência.

Respirou fundo, fazendo o máximo para controlar a raiva que borbulhava em si. Logo deu um sorriso calmo novamente e fez a chama desaparecer. Seus olhos azuis colaram na janela, observando o parque que se estendia na frente de sua janela. Logo olhou novamente para Marrick.

O calmo sorriso deu lugar a um sorriso sádico. Finalmente Uriel ia falar o que estava tão ansiosa para contar; bateu palmas, fechando as cortinas da janela e fazendo a sala escurecer. Os elfos apareceram rapidamente e ligaram todas as luzes, dando uma luz artificial e alaranjada à pomposa sala de estar.

— Tem alguma ideia do porquê está aqui? — A sua voz mostrava o quanto estava se divertindo com aquele teatro todo.

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Tentava ser o mais educado o possível já que meus pais me ensinaram isso, mas me parece que Uriel me achava lento ou algo do tipo e mesmo assim eu tentava me conformar com suas expressões até então me sentar de uma vez.

Quando me sentei ela estava falando de ficar em pé e eu não quis irritá-la de jeito nenhum e sendo assim não disse nada até que então ela bate palmas e as cortinas se fecham e o lugar ser torna escuro até um elfo acende a luz.

-Eu posso deduzir, já que não é boazinha com os elfos e nem mesmo comigo, mas prefiro que fale e deixe o teatrinho para depois. - Dizia em um tom calma esperando que a mesma falasse apenas a observando com minha bengala em mãos a girando e a observando.

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ez bico ao ouvir as palavras de Marrick, claramente ironizando. Logo depois, negou com a cabeça, enquanto ria calmamente da situação. Bebeu o resto do sangue que constava na taça e limpou seus lábios com sua própria língua.

— Eu te chamei aqui porquê este será o nosso último encontro em bastante tempo. — Começou. — Então eu preciso de um favor, nada de especial.

Uriel se levantou de sua cadeira, começando a rondar a sala com calma. Deixou que o seu silêncio fosse ameaçador, assim o bruxo não falaria até ser questionado. Uriel era a líder daquele jogo, ninguém podia desobedecer suas ordens.

— O favor que irei lhe pedir é relativamente fácil. — Uriel começou a arrumar alguns retratos na parede, ficando de costas para Marrick. — Bem, você é diretor de uma casa, da Lufa-Lufa ainda por cima. Eu duvido que alguém vá desconfiar de você. E aonde eu quero chegar com tudo isso?

A bruxa se virou rapidamente para trás, fazendo o vestido dourado rodar com ela.

— Quero que seja meu espião em Hogwarts, me relate tudo que acontecer lá. Quero saber todos os passos dos professores e da Diretora. Acho que posso confiar em você, certo, Mari?

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Ela queria um favor e isso já estava demorando, mas ela queria fazer alguma espécie de suspense e então tudo ficou quieto e como um bom homem apenas esperei até que a mesma voltasse a falar novamente.

O meu olhar parecia calma e ao mesmo tempo nervoso e logo que a mesma falou abri um sorriso logo em seguida apoiando a minha cabeça na bengala para poder falar logo de uma vez. -Não se preocupe com isso eu vou fazer o que me pede! - Dizia me levantando sem dificuldade, ela pensava que eu tinha realmente um problema na perna o que não era verdade. -Precisa de mais algumas coisa senhorita? - Perguntava tentando ser o mais educado o possível.

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rapidez com que Marrick aceitara seu pedido fez Uriel ficar um pouco apreensiva, contudo, não deixaria o lufano passar por mais astuto do que ela. Blackfyre tinha todas as cartas a seu favor, caso Marrick bancasse o esperto contra ela, o filho dele morria. Isso era fato.

Negou com a cabeça, enquanto suspirava profundamente.

— Não, nada. Desapareça. — Ordenou friamente.

Os olhos azuis observaram a figura de Marrick se dirigindo ao elevador que, também, era a porta da grande casa da mulher. Contudo, antes de ele conseguir pressionar o botão, Uriel o chamou novamente.

— Você não é o meu único informante dentro daquelas paredes. — Com um ar sombrio, Uriel olhou para Marrick com o mais puro ódio. — Se eu descobrir algo que você não tenha vindo me contar, diga adeus ao seu precioso filho. E acredite, eu farei ele sofrer antes de morrer nos seus braços. Agora suma da minha vista.

[Participação Encerrada]